Título: Proibido
Autor: António Costa Santos
Editora: Guerra e Paz
1ª Edição Maio de 2007
Como será a vida num país onde uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido e as enfermeiras estão proibidas de casar?
Haverá um país onde meçam o comprimento das saias das raparigas à entrada da escola, para que os joelhos não apareçam?
Imagina-se a viver numa terra onde não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?
Como se faz praia, num país que não deixa ninguém mostrar o umbigo?
Já nos esquecemos, mas ainda há poucos anos tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo em público.
fosse um bom aviso para o presente?
Mas que não se pense que a “façanha” do proibir só existia no passado, que morreu às portas do 25 de Abril, ou que era e é somente “propriedade” do Estado.
Como pode ler na página 94 do “Proibido”: «Já em Março de 2007, o Papa Bento XVI, na primeira exortação apostólica do seu pontificado, fez questão de recordar que os católicos divorciados que voltem a casar estão proibidos de comungar, a menos que se comprometam a viver com o novo companheiro como amigos ou irmãos, isto é, sem relações sexuais.»
...o que será que a Igreja pensa acerca dos filhos que possam advir dessas mesmas relações “Proibidas”? São prescritos? Se assim for, mais de metade da nova geração será prescrita da igreja.
António Costa Santos é jornalista desde 1976. Trabalhou, entre outros, nos semanários “Sete”, do qual foi chefe de redacção, e “Expresso”, onde assinou durante cinco anos uma crónica sobre questões da vida quotidiana, o “Estado do Sítio”. Publicou um romance, livros de humor e para a infância, e é autor de guiões para cinema e televisão. Tem 50 anos e quatro filhos, aos quais proibiu algumas coisas, ao longo da vida, como bater nos mais fracos, faltar às aulas para ir jogar matraquilhos, deixar os discos fora das caixas, denunciar um colega, ou pregar mentiras, à excepção das piedosas e em legítima defesa.
"JULGAMENTO"
Género: Drama/Acção
Um filme de: Leonel Vieira
(Realizador de Zona J e A Selva e produtor de Filme da Treta)
Protagonistas:
Júlio César
Alexandra Lencastre
Fernanda Serrano
Carlos Santos
José Eduardo
André Gago
ESTREIA Hoje, dia 11 de Outubro, nas salas de cinema Portuguesas.
Um filme excelente, deveras real, com personagens e momentos verdadeiramente genuínos, passados para o espectador por fenomenais interpretações.
É um filme de cinco personagens, em que Jaime (personagem interpretada por Júlio César) encabeça o conflito. É uma história de emoções, conflito, passado e sentimentos».
Foi assim que o realizador Leonel Vieira descreveu o «Julgamento», filme que foi hoje oficialmente apresentado e cuja primeira montagem terminou segunda-feira.
No centro da história está Jaime Ferreira, um professor alcoólico e atormentado que, um dia encontra o inspector da PIDE que o prendeu, torturou e matou um dos seus camaradas.
«Queria falar de algo que atormentou o país, porque faz parte da nossa realidade», contou.
Sem querer dar lições de moral ou ser faccioso em relação ao passado, a intenção de Leonel Vieira foi contar «uma história de emoções e conflitos que prendesse o espectador à cadeira».
Numa escala de 0-10: 8