Título: "O Sétimo Selo"
Autor: José Rodrigues dos Santos
Editora: Gradiva
1ª Edição Outubro de 2007
P.V.P: 22,00€
Sinopse
Um cientista é assassinado na Antárctida e a Interpol contacta Tomás Noronha para decifrar um enigma com mais de mil anos, um segredo bíblico que o criminoso rabiscou numa folha e deixou ao lado do cadáver: 666.
O mistério em torno do número da Besta lança Tomás numa aventura de tirar o fôlego, uma busca que o levará a confrontar-se com o momento mais temido por toda a humanidade.
O apocalipse.
De Portugal à Sibéria, da Antárctida à Austrália, O Sétimo Selo transporta-nos numa empolgante viagem às maiores ameaças que se erguem à sobrevivência da humanidade.
Como seria de prever pela rapidez com que o autor publica os seus romances (à razão de um romance por ano) e na sequência dos anteriores, "O Codex 632" e "A Fórmula de Deus", este ficou aquém das expectativas.
O enredo desenrolasse a partir da mesma personagem principal, Tomás, e no qual, o escritor esforçasse para transmitir a ideia de um professor de História, perito em línguas antigas e um dos maiores criptanalistas do Mundo, e que acaba por ser, não mais, que um James Bond / Indiana Jones em versão Portuguesa.
O aquecimento global do planeta Terra como tema do livro, embora tenha “pano para mangas” foi pouco explorado na sua vertente mais importante e pouco discutida na opinião pública, como o armazenamento das energias alternativas, uma das questões que está “em cima da mesa”, real, e, da qual ainda não se avista uma solução definitiva.
J.R.Santos escreve exaustivamente acerca dos combustíveis fósseis, com explicações mais que recorrentes desde que se trouxe este assunto para a “praça pública”. Esperava algo inovador.
Com excepção da explicação do 666, a criptologia, não foi minimamente explorada, sendo completamente nula no restante romance, ficando assim, na minha humilde opinião, um romance mais pobre do que deveria. Seria o descodificar desses segredos que prenderia o leitor, assim como o descortinar da questão Apocalipse, com a qual inicia o romance mas basicamente, fica por isso mesmo.
Foi inteligente a inclusão da relação entre Pais e Filhos e como estes encaram a velhice. No entanto, foi com surpresa que verifiquei que a personagem não discorre uma única vez a possibilidade de optar pela solução de empregar uma enfermeira ou alguém qualificado para ficar a viver com a Mãe 24 horas por dia, e assim, evitava enganá-la e colocá-la num lar contra a sua vontade.
Este livro acaba por ser mais do mesmo.