Ingredientes
Escalde as amêndoas, pele-as e pique-as até fazer uma espécie de farinha grossa.
Deite o açúcar num tachinho, misture-lhe a água e leve ao lume a ferver brandamente 3 minutos exactos.
Retire depois do lume, adicione a amêndoa picada, e deixe arrefecer.
Junte as gemas e as claras, previamente "mexidas" com um garfo e envolva tudo até todos os ingredientes estarem bem ligados.
Unte as formas com margarina e encha-as com o preparado anterior mas não completamente até ao bordo da forma. Deixe sensivelmente 1cm entre o preparado e o bordo da forma para que quando se inicie a cozedura dos doces a massa do preparado não transborde fora das formas de alumínio.
Deite água quente num tabuleiro até à altura de quase 1 cm e coloque nele as formas (o que vai fazer com que o processo de cozedura seja o que se intitula de "cozer em banho Maria").
Leve a cozer em forno bastante quente até o preparado estar bem solidificado (+ ou - 20 a 25 minutos) o que se verifica fazendo pressão com os dedos.
Retire do forne, deixe arrefecer, descole dos lados e desenforme.
Coloque-os dentro de forminhas de papel frisado.
Nota: Estes docinhos ficam uma espécie de pudinzinhos, quase como que QUINDINS de côco, mas desta feita, pudinzinhos de amêndoa.
São DIVINAIS, verdadeiramente gulosos e ficam muito bem a decorar a sua mesa de doces do Natal ou Fim de Ano.
Curiosidades:
Tudo começou no Colonial
«O “Café Colonial" foi aberto por dois sócios provenientes do Ultramar, mas pouco tempo depois, um deles abandonou a sociedade, ficando o estabelecimento a pertencer ao outro, José Lopes. Estava instalado no Largo 5 de Outubro, num bloco que já não existe, onde foi construído o edifício da Caixa Geral de Depósitos. No local, antes, tinha estado o “Café-Restaurante Comercial". Era uma sala muito concorrida que tinha uma porta giratória e um “groom", um miúdo de cor, uniformizado. A esposa do proprietário fabricava um bolo, uma especialidade de ovos e açúcar, cuja receita não saiu da família. Chamava-
-se inicialmente “saudades de amor", mas, ou porque o nome era demasiado longo e complicado, ou por outra razão qualquer, passou a chamar-se, nos meados dos anos Trinta, “beijinhos". As cenas mais ou menos hilariantes que se passavam, quando um ou outro bem humorado pedia “beijinhos" ao dono do café, fizeram com que, pela terceira vez, voltassem a ser baptizados, agora como “Brisas do Lis", nome pelo qual ainda hoje é conhecido.»
José Dias Coelho,
"Leiria entre 1920 e 1940"
“Brisas" de Leiria nunca houve como as do Colonial. Nem só os bilhares e o mau humor do Sr. Lopes eram o atractivo daquela sala fantástica dos fundos onde, entre duas tacadas, se bebia uma bica e um daqueles notáveis bolinhos amarelados pela gema dos ovos caseiros. Eram tempos de rodopio em volta do balcão com as pessoas a comprarem o precioso manjar, embalado em caixas de dúzia ou, conforme o caso, de meia dúzia.
Numa terra onde as especialidades doceiras nunca foram muito abundantes e variadas, as “Brisas" tornaram-se um caso notável ao longo das últimas décadas. Tornaram-se a prenda possível e sempre agradável quando faltavam a habilidade, o gosto e o tempo. As “Brisas" eram sempre a prenda certa em qualquer momento.
Não é doce antigo nem tem atrás de si uma tradição conventual. Como escreveu o historiador José Dias Coelho, a sua história remonta à década de trinta do século passado. Contudo, essa falta de pergaminhos em nada lhe retira a bondade, a suavidade do sabor, o suave odor, a carícia suavizada na boca, preparando-a para o licor adequado, ou para o cálice de Porto que, generosamente, adora aquela cama.
Orlando Cardoso
Biscoitos do Garfo
· 375 gr de açúcar
· 1Kg a 1,200 Kg de farinha
· 3 ovos
· 300 gr de margarina
· 1 colher de chá de fermento em pó
· Raspa de 2 limões (ou 3 dependendo do tamanho)
Misturar o açúcar com os ovos inteiros.
De seguida, juntar a margarina derretida.
Por último, adicionar a farinha, o fermento e a raspa dos limões.
Envolver tudo muito bem até formar uma massa grossa com a qual seja fácil moldar “bolinhas” para elaborar a forma dos biscoitos. Caso ache necessário, pode adicionar um pouco mais de farinha e amassar um pouco com as mãos.
Moldar pequenas bolinhas de massa, espalmá-las com a mão para ficarem com o aspecto de uma bolacha e depois calcar ao de leve em cada uma delas com a parte dos dentes de um garfo e assim criar o efeito decorativo pretendido.
Untar um tabuleiro de alumínio com manteiga e polvilhá-la com farinha, ou, mais fácil ainda, revestir o fundo do tabuleiro com papel vegetal.
Levar ao forno, previamente aquecido, a uns 200ºC durante 10 minutos no máximo, pois estes biscoitinhos cozem muito rapidamente.
Caso queira fazer bolachinhas finas, utilize o rolo da massa para estender a massa e cortadores específicos, como por exemplo, com formas de animais, corações, estrelas, etc.
DICA: Para fazer biscoitos ou bolachas de chocolate basta substituir 200 gr de farinha por 200 gr de cacau em pó.
NOTAS: Biscoitos “gulosos”, de facílima execução e uma óptima ideia para estar com os seus pequenotes a partilharem uma tarefa diferente, simples e divertida. Ao miúdos vão adorar pôr “as mãos na massa”.
Podem ainda levar a receita para a escola.
São excelentes para quando a Avó, Mãe ou a Tia forem lanchar a vossa casa, a acompanhar um chá.
As crianças podem moldar os biscoitos em formas de bichinhos, etc.…
Os pequenos também podem colocar uns quantos biscoitos em sacos pequenos, e, em papéis recortádos por eles, desenharem ou escreverem os nomes das pessoas a quem vão oferecer os ditos “sacos doces”.
RECEITA DA "AVÓ DADA"
. Porque estamos no Natal, ...
. BISCOITOS DO GARFO, porqu...