Terça-feira, 6 de Novembro de 2007

EÇA AGORA...

         Eça Agora - Os Herdeiros dos Maias”

 

“O prazer de escrever a catorze mãos”

 

“Sabem como são os ficcionistas: dá-se-lhes um sopro de pólen e constroem uma árvore. Imaginem sete autores!...”

 

Título: "Eça agora - Os Herdeiros de Os Maias"

Autores:   Alice Vieira, João Aguiar, José Fanha, José Jorge Letria, Luísa Beltrão, Mário Zambujal, Rosa Lobato de faria

Editora: Oficina do Livro

1ª Edição Outubro de 2007

 

Depois de "Os Novos Mistérios de Sintra" e "O Código D'Avintes", somos alegremente surpreendidos por "Eça agora, os herdeiros de Os Maias".

Aos sete escritores um grande bem-haja pela ideia fantástica e hilariante (para mentes pequeninas estapafúrdia) de romancearem a catorze mãos, e, mais importante ainda, não se terem ficado e continuarem com este projecto que muito apraz aos vossos assíduos leitores, nos quais me incluo e assumo, sem modéstia, como sendo uma fã aguerrida, a Number one (se outros o são por ganharem milhões, um anónimo do Zé Povinho também o pode ser por ganhar saber e boa disposição com os vossos livros).

O mais interessante é que os sete acabaram por criar um só com uma escrita muito própria.

Ficamos a aguardar expectantes a vossa próxima aventura!

 

                                        Sinopse do "Eça agora"

 

A reinvenção das personagens de Eça de Queiroz.

Tudo começa no Alegrete, palacete meio arruinado em que vive Afonso da Maia, avô de Carlos da Maia, jovem médico que se apaixona por Maria Hermengarda, fugindo dos ataques sensuais da Condessa de Varinho e deixando de lado a espampanante Lara Marlene, filha do riquíssimo Silvestre do Ó Saraiva, construtor civil que fez a sua larga fortuna através de métodos muito pouco recomendáveis.

 

À volta de Carlos movimentam-se Damásio Malcede, o lisboeta novo-rico, João da Régua, o eterno futuro-ministro, o Palma Cavalito, director da Trombeta do Demónio, e muitas outras personagens herdeiras dos famosos Maias que se movimentam freneticamente numa crónica de costumes ao gosto deste tempo prodigioso do replay e do fast food.

 

No meio deste enredo surge mesmo o espírito de Eça de Queiroz a pôr alguma contenção a personagens e autores.


Num registo entre o queirosiano e a telenovela, quiseram os autores, cada um a seu modo, aplicar-se num enredo paralelo ao de Os Maias, observando a sociedade portuguesa do início do século XXI pelo monóculo risonho e severo do grande Eça. Resumiu um deles: Certamente, o Eça escreveria melhor mas não diria pior.

“O título também deu mil voltas e, um repente de Mário Zambujal, surgiu como uma evidência. Essa agora! Eça agora!...”

 

Foi fácil de encontrar o que criticar: Porque, ao fim destes anos todos, este Portugal a que sempre voltamos continua sem emenda.”

 

 

sinto-me: Carpe Diem
música: "PASÍON" - Rodrigo Leão e Adriana Calcanhoto
publicado por mileumpecados às 10:18
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